
Esse tema me interessa muito pois, esse julgamento significa a esperança de cura para centenas de milhares de pessoas. As células-tronco embrionárias são capazes de se transformar em qualquer outro tipo de tecido humano e as pesquisas com elas vão definir (num futuro quem sabe bem próximo – entre 10 e 30 anos) a existência ou não de tratamento para inúmeras doenças degenerativas que atingem a população e que hoje são consideradas incuráveis, como Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, Diabetes, lesões de medula e outras inúmeras doenças neuromusculares – incluo nessa lista a Miastenia Gravis.
O ministro Carlos Alberto Direito é o principal crítico da permissão das pesquisas com células-tronco embrionárias no STF. Existe sim o lobby da Igreja Católica, que é pouco evidente, mas feito entre todos os ministros. Na semana passada, por exemplo, todos eles receberam uma montanha de documentos, enviada pelos advogados que representam a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil. Nos papéis estão supostos resultados de estudos feitos por cientistas com células-tronco adultas. Dados que, segundo tais advogados, tornariam desnecessárias as pesquisas com células-tronco embrionárias. - Basicamente, existem dois tipos de células-tronco: as extraídas de embriões e as obtidas de tecidos não embrionários. As células-tronco obtidas de tecidos não embrionários são um grupo de células com capacidade de se regenerar e de se diferenciar em vários tipos celulares que compõe os tecidos de onde foram retiradas. Mas as células-tronco embrionárias podem mais, têm a capacidade de gerar células de outros órgãos e tecidos e não se limitam em só gerar tipos celulares que compõe tecidos e órgãos específicos de seu local de origem!
Porém, eu, assim como o deputado Darcísio Perondi do PMDB, que foi o relator da Lei de Biossegurança, quero acreditar no julgamento dos ministros e não aceitar que o STF vá enterre esperanças e atrase um desenvolvimento que não pode ser impedido!
Porém, eu, assim como o deputado Darcísio Perondi do PMDB, que foi o relator da Lei de Biossegurança, quero acreditar no julgamento dos ministros e não aceitar que o STF vá enterre esperanças e atrase um desenvolvimento que não pode ser impedido!
Os opositores das células-tronco embrionárias afirmam que essas pesquisas se caracterizam como aborto e o foco da principal (e antiga) discussão é o mesmo: onde começa a vida? Mas agora não é apenas uma discórdia filosófica/religiosa onde cada um pode chegar a conclusão que achar melhor. Não, agora é uma situação que, se bem resolvida, pode melhorar a vida de muitas pessoas e salvar outras tantas (ou pelo menos será uma tentativa).

No Brasil, existem mais de sete mil doenças genéticas degenerativas, que atingem mais de cinco milhões de recém nascidos que têm pais saudáveis. São crianças que já nascem marcadas para morrer. Os acidentes no país lesionam a medula de cerca de dez mil pessoas por ano. Esses seres humanos só podem aguardar, deitados em camas e presos em cadeiras de roda, que alguém possa ajudá-los e que alguém consiga transformar esperanças em realidade!
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