sexta-feira, 11 de abril de 2008

Febre amarela: cuidado com a vacinação!

Epidemia ou não, sei que tem muita gente em pânico com essa história de febre amarela. Acabei de ler no O Globo Online que duas pessoas foram internadas em Brasília por terem tomado a vacina contra a doença duas vezes seguidas. Tomar mais de uma dose da vacina, segundo o secretário de Saúde do DF, José Geraldo Macial, pode causar reações alérgicas, choque anafilático e até hepatite. O vacina tem validade de 10 anos.

Quero destacar que também há contra-indicações para se tomar mesmo que somente uma dose da vacina. Eu por exemplo, como miastênica, não posso tomar essa vacina elaborada com o vírus vivo atenuado, por isso me encho de repelente e evito as áreas de risco. Quem tomou a vacina de rubéola deve esperar um mês para tomar a de febre amarela e as mulheres que se vacinarem deve evitar a gravidez durante pelo menos um mês depois da aplicação.

A vacina contra febre amarela é contra-indicada para:

* Pessoas com imunodeficiências resultante de doenças ou de terapêutica: infecção pelo HIV, neoplasias em geral (incluindo leucemias e linfomas), Aids, uso de medicações ou tratamento imunossupressores (corticóides, metotrexate, quimioterapia, radioterapia), disfunção do timo (retirada cirúrgica ou doenças como miastenia gravis, síndrome de DiGeorge ou timoma).
* Pessoas que tenham alergia a ovos, uma vez que a vacina é preparada em ovos embrionados.
* Pessoas com alergia a eritromicina, um antibiótico que faz parte da composição da vacina.
* Pessoas com alergia a gelatina, que faz parte da composição da vacina.
* Pessoas com antecedentes de reação alérgica a dose prévia da vacina anti-amarílica.
* Crianças com 4 meses ou menos de idade, devido ao risco de encefalite viral (contra-indicação absoluta).
* Gestantes, em razão de um possível risco de infecção para o feto.

A decisão de vacinar pessoas que tenham contra indicações, inclusive crianças entre 5 e 9 meses de idade e mulheres amamentando (flavivírus podem ser eliminados junto com o leite), deve ser feita em bases individuais pelo médico. Devem ser analisados os riscos de aquisição da doença e os da imunização. É prudente adiar a vacinação de pessoas com febre (até que esta desapareça), casos de doenças agudas ainda sem diagnóstico e doenças crônicas descompensadas. Deve-se, em razão de possível interferência na indução de imunidade, postergar a aplicação em pessoas que fizeram uso recente de vacinas com vírus vivo atenuado (MMR, sarampo, rubéola, varicela) e também de vacina contra a cólera (não disponível no Brasil), respeitando-se um intervalo de 4 semanas. Recomenda-se também que as mulheres que tenham sido vacinadas evitem a gravidez por no mínimo 30 dias.

Fontes: Cives - Centro de Informação em Saúde para Viajantes e CVA – Centro de Vacinação de Adultos.

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